Tem Um Fantasma no Meu Banheiro - Ane Braga

domingo, 23 de março de 2014

O que eu leio, eu conto - Breves Palavras - Mario Rezende

Olá de novo, queridos leitores.

Hoje, domingo preguiçoso, cá estou lendo alguns textos internet a dentro.
Claro, todo mundo já deve estar cansado de saber, que além de jornalista e crítica literária anônima (preciso manter minha identidade secreta para trabalhar de maneira imparcial e sem pressão), sou leitora compulsiva.



Dei de cara com um texto muito bom, do Mario Rezende, no site Recanto das Letras.  O texto, uma crônica na verdade, encontra-se logo a seguir. Para quem quiser lê-la diretamente do site do autor, basta clicar aqui .

Para vocês, Breves Palavras, de Mario Rezende.

Com breves palavras minhas, vou contar uma história de amor que aconteceu em mim. Ele chegou assim, de mansinho, como quem nada quer, e foi se instalando disfarçado de amizade terna e bem querida. Quando percebi o verdadeiro sentimento que me afetava (nos afetava?), tentei vivê-lo daquela forma que se apresentava, mas, descobri, não era amizade que alimentava a chama que no meu peito (nosso peito?) ardia.
Na esperança de confirmar a reciprocidade, apesar de que o objetivo primordial era não perdê-la, usei diversos argumentos, mas as palavras não consegui dizer, e esperei, porque o coração fala em silêncio, que o tempo resolvesse consolidar a relação.
Mas, tudo indica, a percepção caminhou muito lenta, e senti que a perdia, como se ela, enquanto meu amor, fosse embora e eu tentasse alcançá-la para me declarar, mas chegasse tarde à estação, quando o trem já tivesse partido e eu ainda pudesse vê-la acenando com um lenço branco e jogando um beijo cheio de carinho, confirmando o amor que por mim também sentia, deixando a sua última imagem como uma marca com a qual deveria ficar na lembrança.
Análoga metáfora seria dizer que o amor da mulher que eu tanto quero deixei escapar como um punhado de areia que escorresse entre meus dedos, quando tentei segurá-la com minhas esperançosas mãos.
A relação amizade apaixonada continua, até ganhar coragem e tomar a iniciativa e falar com a boca, pois com os olhos parece não ser suficiente, ou convincente. Breves palavras minhas, ou dela, seriam suficientes. Mas eu tenho receio, por isso ainda vivo esse amor com ela, do jeito que quer a minha sonhadora imaginação.

2 comentários:

  1. Obrigado, Tatiana por divulgar aqui a minha crônica. Agradeço, também, pelo comentário.
    De grande valor as suas instruções acentuando a importância de se ler, requisito fundamental para o conhecimento, em "Sobre mim", neste blog.
    Também criei um blog com a intenção de divulgar novos autores, com colaboração direta, que, gostaria muito, você pudesse enriquecer. Endereço: http://mariorezende.blogspot.com.br/ - sob o título Dois pontos, reticências, etc. Visite-nos, grande abraço.

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