Tem Um Fantasma no Meu Banheiro - Ane Braga

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Pétalas de seda - Jo Leigh - Cap. VI *



Capítulo Seis

Como ela ainda podia desejá-lo depois que ele partira seu coração?
Dana sabia que ela deveria parar, mas ela era fraca. Ela tentou de todas as formas construir uma vida nova sem Alex. Agora que ele estava de volta, ela não podia resistir. Não podia resistir ao que havia entre eles.
Ao invés disso, pela primeira vez no último ano, ela deixou-se sentir. Os dedos dele estavam tocando a parte interna de sua coxa, provocando-a com movimentos suaves, enviando pulsos elétricos que causavam um curto-circuito em suas funções cerebrais.
Os lábios dela tocaram sua orelha, e ela não podia evitar saboreá-lo; uma rápida lambida na curva de sua orelha. Quando ele gemeu, ela podia jurar que ele moveria seus dedos mais para cima, mas ele não se mexeu. Ele não se forçou contra ela; ao invés disso ele esperou. O que ele queria dela?
Ela estava ficando desesperada. Por mais que ela tentasse negar, fisicamente, eles eram perfeitos um para o outro. Ela foi feita para encaixar, feita sob medida para suas mãos, sua boca, sua masculinidade.
- Eu também sei seus segredos - murmurou ela. - Eu sei como você luta para manter seus olhos abertos, mesmo quando você quer desaparecer dentro de mim. Eu conheço o som que você faz quando nós fazemos amor.
Ele moveu a cabeça e beijou-a mais uma vez. Beijou-a como se fosse o fim do mundo, ou talvez o início.
Ela o queria com mais do que seu corpo. Ele era a parte dela que estava faltando. Mesmo com sua força de vontade diminuindo, ela sabia que amar Alex era um erro. Ela se afastou do seu beijo abrasador.
- Alex - disse ela, sua voz rouca. - Nunca foi sobre isso. Eu sei como fazer amor com você, mas eu não sei como fazer com que você entenda o que estava errado entre nós. Eu não posso contar com você. Isso vai além de você se atrasar e esquecer de ligar. Isso é sobre onde eu me encaixo em suas prioridades. Se nós tivéssemos um filho? Como eu saberia se poderia contar com você para cuidar da criança se você não me promete a mesma coisa? Não quero que o pai dos meus filhos perca todos os eventos importantes da vida deles.
Ele a encarou, seus olhos verdes queimando de culpa. Mas enquanto ela o observava, algo fez a culpa desaparecer. Algo vivo. Determinação, como ela nunca havia visto antes.
- Eu não sou o homem que a magoou. Eu sei que você não consegue aceitar isso agora, mas com o tempo... Tudo mudou - disse ele. - Na hora que eu a deixei, percebi o tolo que eu fui. Eu me xinguei todos os dias por ter a lua e perdê-la. Isso não é apenas sobre sexo. Nós não somos apenas sexo. Porém, fazer amor com você é a única maneira que eu sei para...
Ele abriu a boca para falar mais, mas não teve palavras. Ao invés disso, ela sentiu seus dedos cruzarem aquela última distância, até ele tocar os lábios do seu sexo, e se ele não a estivesse segurando, ela teria deslizado para o chão. Ele a acariciou lá, gentilmente, como se ela fosse infinitamente frágil, e durante todo o tempo forçando-a a olhar para ele, olhar dentro dele.
- Você é a razão de eu estar aqui - disse ele, sua voz tão rouca que era quase um sussurro. - A razão para eu estar vivo. Você é tudo que eu sempre quis, e muito mais do que eu mereço. Eu sei disso agora. Deixe-me mostrar o quanto eu aprendi, Dana. Não me despreze, por favor.
Ele moveu seu quadril contra o dela, sua ereção quente e dura, enquanto ele deslizava seus dedos para dentro dela. Isso era muito difícil, mais do que seu corpo era capaz de aguentar. Ela tentou se afastar, mas de alguma forma ela acabou pressionando-se contra ele.
Ele a excitava com os dedos dentro dela, suspirando, seu lábio inferior tremendo.
- Quente - murmurou ele. - Tão quente. Tão molhada.
Ela o desejava. Tanto quanto ela desejava acreditar nele. Se isso fosse verdade, se ele tivesse mudado...
Ele moveu o braço, então a mão, e estava excitando-a delicadamente, em seu local mais sensível. Ela gemeu, fechou os olhos, extasiada com o prazer pecaminoso. Ele realmente conhecia seus segredos. Ele a tocava de uma forma que fazia com que ela desistisse de qualquer fingimento, qualquer inibição. Em seus braços ela era selvagem, voraz, exigente.
- Ouça - disse ele, desesperadamente. - Eu sei como fazer amor com você porque eu prestei atenção. Eu aprendi sobre você, como um homem aprende sobre um violino. Eu estudei você com toda concentração. Nada escapou. Você sabe disso.
Ela concordou com a cabeça. Pelo menos ela achava que tinha concordado.
- Mas isso não é o bastante. Eu quero saber o que acontece além de quando eu faço isso.
Ela gemeu quando seus dedos mudaram de posição. Não era uma grande mudança, mas a fez tremer da cabeça aos pés. Ela não conseguia falar. Mal podia respirar. Mas ela ouvia suas palavras urgentes.
- Eu quero amar você de todas as maneiras possíveis. Pelo resto de nossas vidas. Eu quero aprender o que a faz feliz. Esquecer como lhe deixar triste. Quero construir uma vida com você. Um futuro. Quero ter lembranças e mais lembranças. De você. De nós. Você tem que acreditar em mim, Dana.
Seus músculos ficaram tensos, da panturrilha até o pescoço. Se ele não parasse, ela acabaria perdendo o controle. Era tentador continuar. Deixá-lo levá-la ao clímax e conversar depois.
Mas ela se conhecia muito bem para deixar aquilo acontecer.
- Pare. Pare agora. Pare ou eu nunca mais confiarei em você.
Ele se afastou, deixando-a vazia e com desejo.
Ela podia sentir sua frustração, ver a tensão em seu corpo. Ela não estava muito melhor. Cada nervo implorava para que ela o deixasse continuar, o deixasse levá-la ao clímax.
- Alex - disse ela.
- Ainda não. Por favor.
Ela consentiu, usando os próximos minutos para se acalmar. Muita coisa estava em jogo aqui. O futuro deles. Filhos. Suas próprias vidas. Ela tinha que ser racional. Mas quando ele a tocava...
Ele olhou em volta. Encontrou a garrafa de água e ofereceu-lhe, mas ela negou com a cabeça. Ele bebeu, o olhar dela se desviando para sua garganta, para o pomo de Adão. Ela tremeu outra vez. Ela teve que se escorar contra a parede para não correr para ele.
Ele secou a boca com o braço. Então, ele largou a garrafa outra vez. O som soou alto na pequena sala.
- Eu quero acreditar em você - murmurou ela.
- Mas?
- Estou com medo.
- Por quê?
- Você é a única pessoa no mundo que sabe o quanto foi difícil dizer adeus da primeira vez. Eu posso não ter a mesma coragem outra vez.
Ele se virou para ela.
- Você não terá que fazer isso.
Ela suspirou.
- Alex, você nem mesmo conseguiu voltar para o casamento a tempo de pegar as flores. Eu sei que isso é um detalhe... mas somando-os. O quão diferente você é de quando você partiu?
Ele a encarou, implorando.
- Você não sabe...
- O que eu não sei? Que você teve uma boa razão para chegar aqui atrasado? Que foi culpa de outra pessoa? Que você teve toda a intenção de estar aqui na hora?
Ele a encarou por um momento. Longo o bastante para ela se questionar o que ele via quando olhava dentro de seus olhos. Ele via sua dúvida? Sua esperança?
Havia uma chance real de Alex ter mudado?Ela teve a resposta quando ele sorriu dissimuladamente.

* Cortesia Harlequin Books

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